Falem com eles, porra!
Criem tempo para ouvir o que as pessoas têm para dizer. As queixas, as conquistas, as expetativas, as dores, as alegrias. Criem desafios, peçam soluções. Ponham as pessoas a inventá-las e a experimentá-las em conjunto! Testem, corrijam, melhorem e… acima de tudo… dialoguem. Criem… tempo de escuta… falem com eles, porra!
Vivemos imensas e fortes mudanças, radicais. Na raiz das coisas. Criem espaços abertos de diálogo, de aprendizagem e de conversação para percebermos o que representam estes novos tempos e quais as soluções que se lhes adequam. Abram horizontes.
Vão ver como, com o tempo, a vida (na família, na escola, na empresa ou organização) melhora. Aparecem mais e melhores soluções. Cria-se sucesso e… felicidade.
Respeito e escuta geram segurança, confiança e conforto. Desafio (adequado) cria vontade de superação. Sucessos geram motivação.
Aos líderes de processos… compete criar ambientes positivos. Semear e cultivar a felicidade. Até mesmo a alegria, a boa disposição. Cumpre inspirar e agregar.
A felicidade é uma escolha, uma cultura, uma mentalidade. Cria compromisso, fideliza pessoas e desenvolve negócios. Gera marca e valor. Gera satisfação e melhores resultados. A felicidade é lucrativa, como refere Ricardo Costa, e saudável, como bem apresentam os estudos do LabTAPS. A felicidade é criativa e inovadora. Permite a adaptação de que tanto precisamos. Os estudos da Gallup comprovam com dados.
Vivemos numa nova era da liderança. A era da legitimidade. Já não se lidera com base na autoridade — seja moral, estatutária ou técnica. Extraímos dos outros o melhor que eles têm para dar quando temos legitimidade (sentida por eles) para nos darem uma parte da sua vida em troca do nosso sucesso comum. Quando lhes damos espaço para co-criarem connosco. Quando damos autonomia e… afeto.
É isso que as novas gerações — e as relações que criamos com elas — nos trazem de novo.
A liderança também se mede muito pelo nível de stress, negativo ou positivo, e pelos níveis de motivação. A motivação decorre essencialmente da satisfação com três fontes: as tarefas, os resultados e as relações. O stress decorre do ambiente que se cria, dos estímulos que existem na envolvente da pessoa.
Querem criar um ambiente positivo, de desenvolvimento, que faz emergir e desenvolver talentos, valorizando as vocações? Então, disponham-se a destruir as vossas crenças limitadoras da autoridade. Disponham-se a ser criticados, postos em causa. Coloquem as pessoas a definirem as suas funções específicas, à sua maneira, para atingir os melhores resultados no âmbito da cultura da vossa organização. Elas fazem milagres.
A felicidade não é individual. É coletiva e relacional. Cultiva-se em conjunto. Aprende-se e treina-se. Permite bons resultados em contextos adversos!
